A minissérie começou logo após a novela Viver a Vida e me surpreendeu pela linguagem ágil. Boa produção, já é esperado de uma obra da Rede Globo, assim como a caracterização da época. Fábio Assunção e Adriana Esteves estão muito bem nos papéis títulos, dando veracidade mesmo nas cenas de dublagem. Mas, a surpresa ficou pelo texto de Maria Adelaide Amaral. Com exceção de Queridos Amigos, suas minisséries sempre foram longas e arrastadas, quase uma micronovela. Cinco capítulos pincelados da vida do casal com uma linguagem não-linear não era realmente o que eu esperaria. Mas, gostei. Já deu para conhecer um pouco da trajetória sofrida de Dalva, do caráter de Herivelto, além de sentir o clima dos anos dourados do rádio.
O primeiro capítulo começou muito bem, com o suspense em torno de Dalva já idosa, de costas, ouvindo sua música em uma "vitrola", e logo em seguida a ligação e o desmaio. Os saltos aleatórios no tempo são interessantes e bastante funcionais. A estrela do samba-canção, com toda dor de cotovelo que lhe é peculiar merecia ter a sua história narrada, após o sucesso da minissérie Maysa. Agora é aguardar que os quatro capítulos restantes sejam tão bem feitos quanto o primeiro.
Um comentário:
Estou assitindo ao seriado e amando cenário,figurino,roteiro...Pena que a Globo destinou apenas cinco capítulos,enquanto o besteirol BBB leva três meses.Precisamos mesmo repensar nossos valores.Parabéns `autora,diretor,produção e atores.Nota dez.
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