quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Cinquentinha

A estreia da nova série de Aguinaldo Silva ontem, demonstra que o humor ainda pode ser inteligente na televisão. A terminologia ainda é confusa, já que é apresentada como série, mas tem uma estrutura de minissérie global, com exibição diária e história contínua. Mas, o importante nesse caso, e em todos os produtos televisivos, é mesmo o texto. Não é por acaso que de todos os meios audivisuais, é na televisão que o escritor tem maior prestígio. E o texto de Aguinaldo Silva é ágil, interessante e envolvente.

Um milionário morre e deixa 50% de sua herança para os netos e os outros 50% para as três ex-esposas. O problema é que as mulheres se odeiam e terão que administrar em conjunto o que herdaram. O mote lembra muito o da novela Guerra dos Sexos de Sílvio de Abreu, mas, nem por isso, deixa de ser interessante.

São elas:
- LARA ROMERO, grande atriz de carreira atribulada, uma diva das novelas de tevê que riscou de uma vez por todas do seu dicionário a palavra decadência.
- MARINA SANTORO, fotógrafa de grande prestígio, apanhada no meio de uma crise que, pelo menos por uma noite, a fez ficar indecisa entre “rapazes” e “moças”.
- REJANE BATISTA, egressa da chamada geração flower power, que vê sua rebeldia dos anos 70 se voltar contra ela na figura ainda mais rebelde da sua incontrolável neta.

Engraçado que o autor disse que se inspirou nas atrizes para escrever o texto, o que causou uma certa falta de identidade à Rejane Batista que mudou várias vezes de intérprete. O que mais chama a atenção é a personagem de Suzana Vieira, que recentemente foi envolvida em várias polêmicas nos bastidores da Rede, e interpreta uma atriz barraqueira, exigente e que namora homens mais novos. Qualquer semelhança, acho que não é mera coincidência.

O primeiro capítulo foi ágil, apresentando bem as três situações, com cenas hilárias e um gancho interessante. Wolf Maia reforçou o seu estilo com cortes rápidos e no tempo da comédia. Agora é aguardar para conferir se a continuação irá manter o bom início.



interurbano

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