sábado, 25 de julho de 2009

Som&Fúria - Existe vida inteligente na televisão

Som e Furia Montagem EntrebreaksAndo meio afastada do Entrebreaks, mas vou tentar escrever pelo menos dois posts por semana, como antes. Hoje escrevo especialmente com uma sensação triste e alegre ao mesmo tempo. A minissérie Som&Furia acabou, mas nessas três semanas pude assistir a um texto inteligente, com ótimas interpretações e uma direção bem feita.

Ver Shakespeare na televisão também é muito bom, afinal são textos eternos, belos e profundos. Falar de teatro, então, é melhor ainda. Essa tal de pós-modernidade acabou por nos fazer esquecer dessa arte milenar que por muitos é vista como chata. Nesse ponto, tanto as questões levantadas pela vilã vivida por Regina Case, quanto a campanha que o personagem de Rodrigo Santoro fez na minissérie é bem propícia para discussão. Afinal, qual é o público dos teatros? É uma arte antiga, no sentido de ultrapassada? Creio que não.

Som e Furia_sonho de uma noite de verãoVoltando à minissérie, ela foi dividida em duas etapas: a montagem de Hamlet e a montagem de Macbeth (tendo Romeu e Julieta como brinde). Na primeira fase, tivemos Maria Flor e Daniel Oliveira muito bem. Ele, inclusive, teve ótima atuação como o atorzinho de novela que não sabe fazer teatro, mas acaba surpreendendo no final. O capítulo da apresentação de Hamlet foi um dos mais belos da minissérie. Regina Casé também estava ótima como a secretária de cultura inescrupulosa, fazendo uma boa dobradinha com Dam Sturbath.

Na segunda fase, entraram Rodrigo Santoro, Débora Falabela e Leonardo Miggiorin, que não deixaram o nível de interpretação cair. Os personagens fixos também tem seu valor como a produtora vivida por Cris Couto ou a hilária secretária de Cecília Homem de Mello.

Som e FuriaOs personagens principais são um caso a parte. Felipe Camargo volta à televisão como se nunca tivesse saído dela, tirando a loucura, o Dante me lembra muito o Adriano de O Sexo dos Anjos, com o humor sarcástico e o bom coração. O personagem é tão fascinante que o telespectador se envolve com o todo. já Andréa Beltrão sempre foi uma excelente atriz estereotipada pela comédia rasa, desde Zelda Scott até Marilda de A Grande Família. Mas, seus trabalhos dramáticos sempre fora muito expressivos. Como não lembrar da Úrsula de Pedra Sobre Pedra? Ou da Tônia de Mulheres de Areia? No cinema, sua última personagem Verônica também impressiona. Pedro Paulo Rangel está muito bem como o fantasma camarada, com ótimas tiradas.

A direção é um caso a parte que nos mostra definitivamente que a televisão não é o reduto do diretor. Coordenada por Fernando Meirelles, que já demonstrou no cinema sua capacidade criativa e inventiva, a direção é quase neutra, com uma linguagem simples, e alguns poucos momentos sublimes. Mas, a qualidade maior está no ritmo e construção da edição que nos envolve.

Mal acabou e já estou com saudades, agora é torcer para que a segunda temporada vingue apesar da baixa audiência. Até porque o final foi tão assim, como posso dizer, sem fim. Foi quase um até breve, daqui a pouco estamos aqui novamente tocando "os sonetos de Shakespeare".

sábado, 18 de julho de 2009

Carrossel - Onde o mundo faz de conta e a terra é quase o céu.

Carrossel
Em 1991 o Brasil foi invadido por uma febre latino-americana, vinda do México. A novela infantil Carrossel fez tanto sucesso que aumentou a venda de televisões 14 polegadas no país. Os pais não queriam ter que assistir a novelinha e compravam os aparelhos para os filhos, segundo a revista Veja na época.

A novela girava em torno da escola Mundial e da turma da professora Helena, vivida por Gabriela Rivero. A professora se dividia entre as aulas e ajuda a problemas pessoas das crianças, entre eles Valéria, Cirilo, Jaime Palilo, Maria Joaquina, Carmem, Laura e Paulo. Recentemente encontrei no youtube um vídeo mostrando as crianças 15 anos depois da novelinha.



O grande mérito de Carrossel foi falar com as crianças uma linguagem simples colocando-as no foco da ação e mostrando problemas reais do dia a dia das mesmas. Os telespectadores se identificavam com os dramas vividos pelos personagens (por mais que a televisa tenha a capacidade de hiperbolizar os sentimentos) e viam-se representados ali.

A novela valorizava os sentimentos infantis, os sonhos e a inocência do grupo. A música da abertura do SBT também foi bastante feliz focando estes detalhes, era um verdadeiro convite para ser criança, sem vergonha, nem medo. O sucesso foi tanto que o SBT reprisou a novela quatro vezes e ainda fez versões.

"Entre duendes e fadas, a terra encantada, espera por nós. Abra o seu coração, na mesma canção, em uma só voz. Entra, vem no picadeiro, pintar essa cara, com tinta e pó. Deixa a criança escondida, esqueci de esquecer que ela é a voz. Embarque neste carrossel, onde mundo faz de conta a terra e quase o céu."

E pra quem sentiu saudades

terça-feira, 14 de julho de 2009

Túnel do Tempo: Anos Rebeldes

Anos RebeldesHá exatos 17 anos estreava na Rede Globo uma das melhores minisséries de todos os tempos. Anos Rebeldes, escrita por Gilberto Braga e dirigida por Dennis Carvalho encantou o Brasil, contando o período da ditadura militar no país.

Com vinte capítulos contou a história de Maria Lucia, João e Edgar. Um triângulo amoroso que se formou na época em que o Brasil vivia o seu pior momento político: A ditadura Militar. Dividindo as personagens entre individualista e idealistas, Gilberto Braga narrou uma época com riqueza de detalhes, incluindo a minissérie no hall dos maiores sucessos da emissora.

João ama Maria Lucia e é correspondido, mas o amor deles é algo que se mostra durante todos os vinte capítulos impossível. João é o exemplo do pai de Maria Lúcia, um homem idealista, que tem a pretensão de mudar o mundo. Totalmente inconstante, não mede esforços por sua luta. Maria Lúcia viveu isso com o pai, não quer mais, mesmo concordando com a maioria das questões humanitárias. Ela precisa de segurança, de futuro, coisa que Edgar, um jovem comum que só quer se formar e se dar bem na vida pode oferecer. Ele também se apaixonou por Maria Lúcia e passa todo o tempo tentando conquistá-la.

Maria Lúcia tem consciência de que não ama Edgar, mas todas as vezes que mais uma tentativa com João é frustrada, ele está ali para ampará-la. Os dois acabam se casando, mas não ficam juntos. Após anos, Edgar percebe que não pode amar por dois. Ele precisa ser amado. A essa altura a ditadura está acabando e João está voltando. Maria Lúcia pensa que agora eles podem tentar mais uma vez. Porém, não era a ditadura, era o idealismo excessivo de João que os separava. Ao perceber que ele vai em busca de outras lutas, Maria Lúcia percebe que tem que virar aquela página.
A minissérie acaba contrariando o melodrama, onde há sempre um final feliz. Este é um final melancólico, onde nenhum dos três se realiza amorosamente. Mas, é um final coerente, satisfatório. Realmente, esta foi uma história de amor impossível e não tinha como haver uma solução mágica para os dois.

A Ditadura Militar se instalou no Brasil em 01 de abril de 1964, depondo o presidente João Goulart e só acabou vinte anos depois com a eleição indireta do presidente Tancredo Neves em 1984. A minissérie cobre quase todo esse período mostrando a trajetória de um grupo de personagens que passa pelas diversas situações possíveis. Alguns favoráveis, como Fábio e Waldir, são beneficiados, ganham dinheiro. Outros como os professores de esquerda são cassados, procurados, exilados. Há ainda, os jovens revolucionários como João, Heloísa (Cláudia Abreu), Marcelo (Rubens Caribe), que são presos, torturados, perseguidos, seqüestram embaixador e acabam exilados ou mortos.

Um conceito que está muito presente na boca da personagem João é Alienação. Ele pergunta a Maria Lúcia se ela é alienada, chama a música Sábia de alienada, briga com o pai dizendo que não quer ser alienado. É um conceito da época, dos estudantes que estavam na luta que buscavam taxar os demais como covardes, egoístas, não antenados com o que estava acontecendo no mundo. Há uma dubiedade nesse comportamento que acaba mostrando uma certa alienação dos reacionários. João só vê a ditadura, só pensa nisso, não vive de outra forma, sacrifica sua vida pessoal, seu amor, seus estudos em nome desse ideal. Segundo o dicionário alienação é perturbação mental, permanente ou passageiro, na qual se registra uma anulação da personalidade individual. Por esse conceito, quem seria alienada? João Alfredo ou Maria Lúcia?

Uma personagem que roubou a cena na minissérie foi Heloísa, vivida por Cláudia Abreu. A princípio uma burguesa fútil que só queria deixar de ser virgem, Heloísa se revelou uma revolucionária e foi protagonista das melhores cenas da minissérie, incluindo a inesquecível cena de sua morte, baleada por um soldado.



De brinde, segue o roteiro dos vinte capítulos da minissérie, cedido generosamente por Gilberto Braga.

sábado, 11 de julho de 2009

SBT x Record - E não é que o pai dos mutantes mudou de rede?

Apenas para constar...

Foi com surpresa li a notícia da ida de Tiago Santiago para o SBT. O principal autor da Rede Record com sucesso como Prova de Amor e a trilogia mutantes (Caminhos do Coração, Mutantes e Promessa de Amor). Isso mostra que Sílvio Santos não está para brincadeira, quer mesmo investir em teledramaturgia, o que é ótimo. O grande temor é que assim como fez na década de 90, ele acabe desistindo muito rapidamente.

“Tiago tem dois contratos com a Record: o de consultor, que chega ao fim em março de 2011, e o de autor, que vai até março de 2012. Mas, o Silvio quer bancar a rescisão. E prometeu atender a várias reivindicações que o Thiago vinha fazendo à Record”, revelou a fonte para O Fuxico.

As novelas de Tiago Santiago foram as que atingiram melhor Ibope na Rede, por isso, apesar de grandes nomes como Lauro César Muniz e Marcílio Moraes continuarem na Record, fica o temor de que a televisão dos Bispos não suporte a perda e acabe, aos poucos, diminuindo o investimento em teledramartugia. Espero, sinceramente que não, quanto mais emissoras tiverem novelas e minisséries, melhor o mercado e maiores a possibilidades de boas tramas.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Túnel do Tempo: As Pupilas do Senhor Reitor

As Pupilas do Senhor ReitorNo dia 8 de julho de 1995 ia ao ar pelo SBT o último capítulo da novela As Pupilas do Senhor Reitor. Uma adaptação do romance de Júlio Dinis, que Lauro César Muniz havia feito em 1970 para Rede Record. O remake foi escrito por Ismael Fernandes e Bosco Brasil, sendo dirigido por Nilton Travesso, o mesmo que dividiu a direção com Dionísio Azevedo na primeira versão.

Foi a segunda novela de uma boa safra de tramas do SBT em uma de suas muitas tentativas de criar um núcleo de telenovelas. O primeiro foi Éramos Seis, um grande sucesso que teve Irene Ravache como a eterna dona Lola. Depois de As Pupilas, ainda vieram Sangue do Meu Sangue e Os Ossos do Barão, primeiro papel de protagonista de Ana Paula Arósio. Depois, o SBT desceu a ladeira e voltou a exibir tramas mexicanas. Talvez agora com Íris Abravanel e os textos das novelas de rádio de Janete Clair, uma Era mais duradoura se instale. Torço pela diversificação.



Luciana Braga Juca de Oliveira Débora BlochVoltando às Pupilas, a trama conta a história de Guida e Clara, duas irmãs (meia-irmãs) orfãos que são criadas pelo reitor da aldeia de Póvoa do Varzim, região do Minho em Portugal. Pedro, um homem simples que trabalha no campo como seu pai, o Sr. José Das Dornas, dono da fazenda mais importante da aldeia, é noivo da ambiciosa Clara. Guida, por sua vez, é a prometida de Daniel, que voltou à aldeia graduado como médico, destituindo o posto do Dr. João Semana. Mas o rapaz não se lembra de Guida, nem da promessa de casamento feita anos antes à jovem, assim como não se acostuma com a vida humilde da pequena aldeia. O Reitor se inspirará na natureza para proteger e cuidar de suas flores (Guida e Clara), utilizando sua sabedoria para controlar as incríveis confusões que surgirão.

Com atores reconhecidamente "globais" como Debora Bloch, Eduardo Moscovis, Luciana Braga e Tuta Andrada, além, claro de Juca de Oliveira como o Senhor Reitor, a novela foi um sucesso. Destaque também para Cláudio Fontana, o Manoel, garoto pobre, carteiro da vila, que tem participação importante na trama e estava muito bem no papel.

A narrativa era gostosa de ver, com cenas bucólicas e um clima ingênuo de época. Tinha cenas engraçadas também. Principalmente com Manoel e as três beatas fofoqueiras interpretadas por Ana Lúcia Torre, Cláudia Mello e Míriam Mehler. Enfim, uma bela novela que merece ser relembrada.

Aqui os momentos finais da novela para recordar.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Crossover na Rede Globo

Caldeirão do Huck e MalhaçãoCom as novas mídias e formas de ver televisão mudando, a queda da audiência é algo inevitável, provavelmente a Globo nunca mais terá um fenômeno como o capítulo de Selva de Pedra que deu 100% de audiência. Mesmo assim, a Globo ainda tem a maior fatia do público, sendo líder em todos os horários. Acontece que isso tem sido pouco e recentemente podemos ver diversas propagandas enfatizando a qualidade dos produtos da Rede Globo. Tem um só para novelas, outros para programas de auditório e outro para o jornalismo.

Não achei as propagandas atuais, então, vai a do início do ano, que foi o começo disso tudo:


Seguindo a linha, a Rede aposta agora em um elemento muito utilizado pelas TVs americanas: O crossover. Ou seja, misturar dois programas, com o intuito de aumentar a audiência de ambos e gerar notícias espontâneas, como a desse blog. Tá bom, a Globo conseguiu, mas é que eu achei mesmo interessante.

Dentre os diversos quadros para ajudar desconhecidos, o programa de Luciano Huck tem o Olha a minha banda. O grupo se inscreve, é votado no site e uma banda vai participar do programa. Eles têm uma consultoria, dicas para melhorar, as vezes tem até uma metarmofose completa, como um caso de uma banda de rock que virou uma dupla sertaneja. Enfim, uma quadro de sucesso. Agora para a banda tocar no Caldeirão do Huck após a transformação, a fã número 1 da banda tem que pagar uma prenda no palco.

Quadribanda - MalhaçãoMalhação (que de malhação atualmente só tem o nome), tem uma banda fictícia: A Quadribanda. No capítulo de sexta-feira, Luciano Huck já apareceu na novelinha, fantasiado de maestro. Hoje a história continua com um problema: quem é a fã número 1 da Quadribanda? Norma Jean ou Yasmin? A história vai durar a semana inteira, e apenas na sexta-feira, eles chegam ao programa. Ou seja, tem muito pano para manga.

Quadribanda no Caldeirão do HuckUma forma inteligente de levantar a audiência da Malhação que não anda bem. Com histórias repetitivas (todo ano muda o casal, mas sempre tem uma vilã querendo separá-los), a novela não tem mais o fôlego de antes, mesmo assim, continua sendo uma escola e espaço para testes da Rede Globo. Fora que ainda tem uma legião de fãs, vide as reações em programas como Vídeo Game. Já Luciano Huck está em alta na Globo, conseguiu até levar o Rei Roberto Carlos para a edição do programa do dia 04 de julho. É um bom apresentador e seu carisma vem conquistando muitos fãs. Unir os dois, foi, então, realmente uma ótima idéia.

sábado, 4 de julho de 2009

Quem matou Odete Roitman?

Vale Tudo - Odete RoitmanDez anos depois de Janete Clair parar o país com a pergunta: Quem matou Salomão Ayala? Gilberto Braga, seu pupilo, repetiu a dose com proporções muitos maiores. No dia 06 de janeiro de 1989 o país parou para descobrir quem matou Odete Roitman, a toda poderosa da TCA. Foram feitas apostas, discussões em todos os lugares e até um concurso dos Caldo Kinor.



A prova de que o mistério consumiu o país, foi que doze anos depois, nos cinquenta anos da televisão, a Rede Globo fez uma brincadeira com a eterna vilã e Alma, a poderosa da época na novela Laços de Família. A frase final de Odete nesse inusitada cena resume tudo: Os grande mitos nunca morrem.



Vale Tudo - Leila - Quem matou odete roitmanO mito de Odete Roitman é tanto que existem treze comunidades no orkut sobre a vilã, inclusive a inusitada "Odete Roitman te despresa". Levando em consideração que o site de relacionamento tem apenas nove anos, enquanto a vilã tem vinte, é um fenômeno. Um texto publicado no site Resenhando define bem a trajetória da grande vilã. E comprovando a tese de que Odete e Flora (de A Favorita) entraram para história, encontrei essa brincadeira no youtube.



Vale Tudo foi uma novela única, com duas grandes vilãs, grandes personagens e um retrato muito bem feito do país. Reuniu dois dos maiores autores de telenovelas de todos os tempos: Gilberto Braga e Aguinaldo Silva. E é lembrada até hoje como uma das melhores novelas já vistas. Não é por acaso, que ainda se fala tanto de Odete. A vilã, magistralmente interpretada por Beatriz Segall, contra a vontade da atriz, será sempre eterna.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Felipe Camargo ressurge das cinzas

Felipe CamargoVendo as novas chamadas da minissérie Som&Fúria, é impossível não associar o personagem Dante de seu intérprete, o ator Felipe Camargo. Surgido nos anos 80 como galã de histórias românticas, sua derrocada começou na novela Mandala, na qual, ao interpretar Édipo, acabou se apaixonando por Vera Fischer, a intérprete de Jocasta, vivendo um romance conturbado que acabou em escândalos quando o casal fazia mais uma novela juntos, Pátria Minha.



Anos Dourados Felipe Camargo e Malu MaderDesde então, Felipe Camargo foi colocado em uma geladeira, tendo apenas pequenas aparições como sua participação em Alma Gêmea. Uma pena, um rapaz bonito, com talento, que se perdeu em meio a drogas, ciúmes e possessividade. Quem não se lembra do seu famoso papel em Anos Dourados, ao lado de Malu Mader? O romance ingênuo dos dois conquistou gerações. Na novela O Sexo dos Anjos, Felipe pode mostrar também uma veia cômica com o divertido anjo Adriano. Tudo isso sem deixar o lado galã, já que era o protagonista e par romântico de Isabela Garcia na novela.

O Sexo dos Anjos Felipe Camargo e Isabela GarciaParece que após uma fase difícil, com tentativas frustradas em outras emissoras, o ator deu a volta por cima. Além de protagonizar uma minissérie badalada, já que traz o renomado diretor Fernando Meirelles para televisão, já fechou contrato de dois anos com a Rede Globo.

Seu personagem, Dante, também é um homem que está tentando dar a volta por cima, tirando a antiga fama de complicado e volúvel. Por isso, associei as duas histórias no início do texto. O próprio ator disse: "Dante é o melhor personagem que eu já fiz. É um Hamlet às avessas. Enquanto o Hamlet vai para a morte, ele vai para a vida" – avalia, vendo logo uma identificação: "Eu quis viver, né?"



Não consegui a chamada que fala especificamente de Dante, de qualquer forma já dá para ter uma idéia do que vem por aí. Essa minissérie promete.