sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Sonho Olímpico, mas com o pé no chão.
Quem não se emociona ao ver um vídeo como esse? Fernando Meirelles colocou o coração do brasileiro em imagens e comoveu o comitê olímpico. Somos finalmente sede de uma olimpíada. O Brasil conseguiu provar que vem crescendo economicamente e que tem projetos concretos para sediar os jogos de maneira digna. Que bom! Se o comitê, sempre tão rígido, acreditou, é porque devemos ter mesmo, ou pelo menos, temos por onde conseguir. Só não podemos esquecer do principal.
Hoje não se fala de outra coisa na televisão, na internet e, claro, no twitter. Dois bordões surgiram e um chegou ao topo. Parodiando o lema de Barack Obama em sua campanha presidencial, os brasileiros twitaram "yes we créu". Conseguiu passar até o tradicional Follow Friday. É o resultado da euforia, da brincadeira. Mas, agora é trabalhar, que a coisa é séria. É preciso muito para chegar ao resultado que o vídeo demonstra.
Mais do que isso, é preciso uma conscientização da importância do investimento no esporte. Não simplesmente o lobby, os ginásios, a mobilidade e estrutura da cidade sede. É preciso pensar no principal foco dos jogos olímpicos. Os atletas. Nossos heróis que lutam a cada dia para poder treinar, sem condições financeiras para se alimentar adequadamente, sem estrutura de treinos, dos clubes falidos que não pagam salários a esportistas do porte de um Diego Hypolito. É preciso muito mais do que um "yes we créu". É preciso um planejamento sério da restruturação da política esportiva do país.
É comprovado que o esporte é um elemento fundamental para o desenvolvimento dos jovens. É uma alternativa à criminalidade, ensina disciplina, disputa saudável e como vencer na vida. São inúmeros os exemplos de recuperação através do esporte. Países desenvolvidos valorizam o atleta. Nos Estados Unidos, um aluno que se destaca em algum esporte tem vaga garantida nas melhores universidades. Então, a esperança é que o espírito olímpico contagie o país, não apenas para o oba oba momentâneo, mas para certeza de que os jogos se fazem de bons atletas em todas as modalidades, não apenas na eterna paixão nacional da pátria de chuteiras. E viva aos deuses do Olympo.
Postado por
Amanda Aouad
às
21:16
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