
Glória Perez é uma autora tradicional, gosta de grande melodramas, onde romance e drama se misturam entretendo o público. Há sempre em suas novelas o famoso mershandising social. Em Caminho das Índias, além da cultura indiana, a autora explorou bastante o problema da esquisofrenia e a diferença da psicopatia. Para isso fez bastante pesquisa, inclusive com a Associação Brasileira de Psiquiatria. Tanto o drama de Tarso, vivido por Bruno Gagliasso, quanto a vilania de Ivone interpretada por Letícia Sabatela foram bem construídas, conquistando o público.
Aliás, apesar do romance de Raj e Maya terem chamado a minha atenção, eu gostava mesmo era da trama dos Cadore. Bem construída, a trama lembrava grandes dramas familiares das telenovelas de Janete Clair, com direito a troca de identidade, vilã fria, irmão contra irmão e socialite deslumbrada. No geral, achei uma boa novela, mas inconstante, não é nem mesmo a melhor da autora, como já tinha falado no balanço ao final da novela.
Com direção geral de Marcos Schechtman, que manteve a parceria com a autora desde América, a novela foi exibida no Brasil de 19 de janeiro a 14 de setembro de 2009, com média de audiência 41 pontos. Quem quiser relembrar a novela com fotos, o Portal MSN fez um especial para ela.
Já tinha declarado aqui minha admiração pela força de Glória Perez. O fato de ter enfrentado uma doença no meio do processo da novela também é admirável. Por tudo isso, fico feliz com a premiação. Que muitas outras novelas brasileiras possam brilhar da mesma forma.