Na véspera do dia dos namorados, o clima romântico toma conta dos sites e blogs. Novela sem amor, não tem graça, faz parte do pacote de efeitos do melodrama sofrer, chorar e se emocionar com um casal apaixonado. Em uma tarefa árdua, então, resolvi listar 12 grandes casais da teledramaturgia brasileira. Até tentei lembrar de outras emissoras, mas os casais da Rede Globo saltaram em minha mente, muitos ficando de fora da lista. Divirtam-se, relembrando.
Nando e Juliana (novela Guerra dos Sexos - 1989)
Não me canso de falar desse casal criado por Sílvio de Abreu. O amor do motorista Nando pela dona Juliana conquistou a todos os corações sensíveis que pudessem assistir a esta grande novela. Vários foram os momentos românticos, destaco as declarações de amor de Nando na cabana e no Rio de Janeiro. Mas, a cena do primeiro beijo, na ilha, é a que melhor resume essa explosão de amor.
Hilda e Malthus (minissérie Hilda Furacão - 1998)
Uma garota que resolve se mudar para zona boêmia, se tornando a maior prostituta de todos os tempos. Um garoto que estuda o catecismo e é considerado por todos como um santo. Amor mais que impossível. Porém, Hilda e Malthus nutriam um sentimento tão forte que arrebatou a todos. Cena em Santana dos Ferros, onde Malthus toca os seios de Hilda pela primeira vez é emocionante.
Jerônimo e Potira (novela Irmãos Coragem - 1970)
Apesar da novela ter os dois casais mais famosos das telenovelas (Glória Menezes e Tarcísio Meira / Cláudio Marzo e Regina Duarte), foi o amor do terceiro irmão da família coragem com a índia potira que alimentou os sonhos românticos dos apaixonados. Simples, forte, lutando contra preconceito os dois acabam mortos em uma cena de tiroteio pelo diamante. Mais romântico impossível.
Ester e Inácio (novela Força de um Desejo - 1999)
Os que viram a novela sabem do que estou falando, nunca um casal teve tanta química e força nas telas. O amor proibido de Ester e Inácio arrancava suspiros dos mais resistentes. A aflição de amar profundamente e não poder, a certeza de que aquele é sua alma gêmea. Um dos momentos mais marcantes é quando os dois ficam presos na cabana de caça, por causa de uma chuva e conseguem resistir para não trair o Barão Sobral. O depoimento de Inácio no julgamento de Ester também é emocionante. E a cena do primeiro beijo no Rio de Janeiro, debaixo de chuva é outro momento inesquecível.
Jade e Lucas (novela O Clone - 2001)
Parece que os amores proibidos são sempre os mais marcantes. Aqui a cultura hebraica se põe entre Jade, filha de mulçumanos e Lucas, um brasileiro. Mesmo aparecendo um clone para mexer com a relação, nada abala aquele amor puro que surgiu no início da novela. A cena inicial em que o véu da moça caiu e os dois se olham encantados, continua sendo a mais marcante de todas.
Esteban e Lola (novela Kubanacan - 2002)
A gente nem bem sabia exatamente do que se tratava, mas Esteban e Lola conseguiram unir sensualidade, paixão e amor puro em um único casal. Independente das loucuras e mudanças da novela, não havia quem não torcesse por eles. Mesmo que no final, fosse revelado o parentesco quase incestuos, já que eram tia e sobrinho. Mas, a telenovela já tinha tido outro casal com esse grau de parentesco e ninguém ficou horrorizado.
João Maciel e Carolina (novela O Casarão - 1976)
O amor não tem idade, e em O casarão ele percorre gerações de uma mesma família. Assim é o amor de João Maciel e Carolina que esperou quarenta anos para acontecer. No passado, eles haviam combinado de fugir juntos, porque a família da moça não aceitava o romance com um artista. Mas, Carolina acaba se casando com Atílio. A cena mais bonita é uma das mais românticas das telenovelas, já reprisada inumeras vezes em especiais: Carolina chega no restaurante e pergunta se está atrasada, ele responde: apenas 40 anos. E os dois sorriem.
Jô e Fábio (novela A Gata Comeu -1975 / 1985)
Em 1975, na Tupi, a novela tinha o nome de A Barba Azul, mas o casal já era Jô Penteado e professor Fábio. Esse casal era o típico criado por Ivani Ribeiro. Brigavam feito cão e gato por um bom tempo, mas no final se entendiam, em um amor imenso e incontrolável. Só Fábio para conseguir quebrar o jejum de casamento de Jó, após sete noivados desfeitos. Uma das cenas mais emocionantes é quando Fábio vai a sua casa, pensando que ela vai falar do divórcio e ela revela que recuperou a memória.
Dinah e Otávio (novela A Viagem - 1975 / 1994)
Aqui a novela tem o mesmo nome na Tupi e na Globo, o nome do personagem é que muda de Otávio (Globo) para César (Tupi). Mesmo assim, o amor sem fronteiras de Dinah e Otávio (César) tem a mesma força e tornou-se referência de amor eterno. Afinal, mesmo após a morte, eles continuam juntos, com um amor imenso e a certeza de que a vida continua e a morte é apenas uma Viagem. O reencontro dos dois após a morte é um dos momentos mais esperados e emocionantes da novela.
Solange e Afonso (novela Vale Tudo - 1988) Eles tiveram que esperar muito para ficar juntos, sofreram nas mãos da vilã Maria de Fátima, mas no final Solange e Afonso são lembrados como um dos casais mais românticos de todos os tempos. Tanto que o amor ultrapassou os limites da ficção e os atores (Lídia Brondi e Cássio Cabus Mendes) estão casados até hoje. A cena da reconciliação, após Afonso descobrir as armações de Fátima está no hall das mais belas.
Sandrinho e Jeferson (novela A Próxima Vítima - 1995)
E como o blog não tem preconceitos e aceita que toda forma de amor vale a pena, não poderíamos deixar de citar o primeiro casal homossexual aceito em uma novela. Outras tentativa houveram antes, mas Jeferson e Sandrinho foram o primeiro par romântico a ter torcida do público, revolucionando a teledramaturgia brasileira. A cena em que Sandrinho explica a sua mãe o que sente por Jerfeson é a mais bonita, já que pela censura, eles não tiveram nenhuma cena de amor, pareciam dois amigos de faculdade apenas.
Clara e Rafaela (novela Mulheres Apaixonadas - 2003)
Já em Mulheres Apaixonadas, Clara e Rafaela tiveram um pouco mais de abertura. As duas garotas, podiam se tocar mais facilmente, mesmo assim, com cuidado. A cena final das duas interpretando o maior exemplo de amor romântico da dramaturgia (Romeu e Julieta) pode ser considerada a melhor do casal. Com direito a um beijo selinho antes da morte de Julieta.
Um comentário:
Nando e Juliana ; Malthus e Hilda ; Dinah e Otávio são meus preferidos, sem dúvida.
Gostei da lista, mas faltou Babalu e Raí.
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